14 de janeiro de 2022

Luís Correia - Confira nossa análise da Linguagem Corporal dos vereadores aliados na reunião sobre o veto ao posto do Samu no Brejinho

    Vereadores da base aliada estiveram reunidos na última terça-feira (11) no gabinete da prefeita Maninha Fontenele para tratar sobre a destinação das verbas previstas nas emendas impositivas direcionadas pelos edis à construção de uma base descentralizada do Samu na região Brejinho. A reunião contou também com as presenças do vice-prefeito Miraldo Mota; o procurador Geral do Município, Alexandre Lopes; o secretário de Finanças, Pedro Júnior; e a Secretaria Municipal de Saúde, Marcela Furtado.

    Em meio a exposição dos argumentos que defendem a tese da atual gestão Maninha Fontenele em vetar o direcionamento das emendas impositivas para a construção de uma base do Samu no Brejinho, ficou evidenciado nas posturas dos vereadores reações corporais que demonstram contrariedade e sujeição referente aquilo que foi abordado. 

Fotos: Prefeitura Municipal de Luís Correia

    A neurociência em seu arcabouço de estudos cerebrais trata de uma área específica denominada de Linguagem Corporal onde, a grosso modo, é utilizada para desvelar as bases neurobiológicas das comunicações emoção e corpo. Em outras palavras, consiste em observar as expressões corporais, bem como os movimentos característicos nas ações do indivíduo, como forma de captar seus pensamentos e até mesmo traços de personalidades sem necessitar da manifestação da fala por parte do sujeito observado.

    Utilizando dessa importante área de estudo, faremos uma rápida análise das posturas dos vereadores aliados da prefeita no momento em que os citados estavam sendo submetidos as explanações que determinam o veto da gestora, contrário aos votos dado por unanimidade pelos onze vereadores que destinaram em comum acordo parte das suas emendas impositivas somadas em mais de 500 mil reais a ser aplicado na construção da base do Samu no Brejinho.

    Ao observarmos a primeira foto vemos o vereador Valdemir Silva de braços cruzados e pernas cruzadas na altura dos tornozelos, olhando para baixo. A postura de braços cruzados significa expressão de medo, insegurança ou sensação de desconforto com algo que vem sendo apresentado. O autoabraço é considerado como mecanismo de fuga do estresse, rejeição ou desinteresse pela situação na qual o sujeito vem sendo submetido. Porém, as pernas cruzadas na altura dos tornozelos demonstram apreensão ao que vem sendo proposto.

    De camisa azul observa-se o vereador Francione numa postura cabisbaixa, com olhar para baixo e as mãos em paralelo abertas e estendidas em direção a prefeita. O olhar para baixo está relacionado à tristeza, vergonha, ou medo. Porém, somado a posição das mãos, remete a uma postura de submissão, modéstia e aceitação daquilo que vem sendo repassado. 

    No centro da foto está o vereador Atrannho Mota também cabisbaixo, numa postura torácica em forte inclinação para frente, apoiado por seus cotovelo mantidos na parte superior de suas pernas, com olhar fixado no documento que segura em suas mãos. Tal postura intui que embora discordante e desconfortável com o que vem sendo apresentado, o vereador concentra sua atenção nos termos escritos no documento para assim confrontá-los e assegurar as informações do seu entendimento com aquilo exposto pelos representantes da prefeitura. 

    Por fim, temos o vereador Gabriel com o olhar complacente direcionado a prefeita, com o tórax levemente inclinado para frente, com os braços em paralelo, estendidos na mesma direção do seu olhar, com uma perna sobre outra e com o pé esquerdo apontado ao grupo dos três vereadores situados a sua direita. O olhar complacente direcionado a prefeita, assim como o posicionamento dos braços, sugere que embora incomodado o vereador possa a vir está firme em não contrariar a determinação do poder Executivo. Porém, a breve inclinação do seu corpo e o cruzar de sua perna na direção dos demais vereadores pressupõe insegurança na realização da ordem executiva, via iniciativa individual, por parte do vereador. Assim sendo, cria-se uma relação de dependência à decisão tomada pelos demais legisladores. Ou seja, o voto dele é garantido desde que todos os demais também o façam. 

    Diante das nossas análises, presumidas da linguagem corporal dos nobres edis, convido você leitor e leitora, bem como aos colegas da neurociência, psicanálise e psicologia a tirarem suas próprias conclusões baseadas na foto a seguir, bem como externar suas opiniões concernentes aos resultados apresentados por nós nessa matéria:

Fotos: Prefeitura Municipal de Luís Correia

    Para aqueles que despertaram a curiosidade pela análise da linguagem corporal, deixarei aqui mais alguns fundamentos remetidos as posturas em âmbito cientifico. Mão no bolso assinala desânimo, insegurança, ausência de vontade, relutância, desconfiança ou desinteresse. Punho fechado significa irritação, zanga, ou nervosismo, podendo remeter também a determinação e firmeza. Pernas cruzadas na altura dos joelhos pressupõem inquietação, fadiga, vontade de terminar a conversa, ação cerebral conhecida pela neurociência como "fuga límbica". Apontar o dedo indicador fechando o restante da mão é considerada atitude que indica dominação por vias de intuito acusador, voltado a diminuir ou subjugar o fato, o argumento, ou a pessoa apontada. 

    Se você gostou dessa matéria e quer aprender um pouco mais sobre linguagem corporal e seus significados, confira nessa página algumas dicas elaboradas pelo Centros de Pesquisa Instituto Albert Einstein. Clique aqui para ser redirecionado.

Roderico Júnior, do Portal Luís Correia. Pós-graduando em Neurociência Clínica.